GSI: manifestação começou pacífica e foi prejudicada por grupos radicais
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, disse hoje (25) que a ação dos vândalos, durante o protesto Ocupa Brasília, não condiz com o contingente "ordeiro e pacífico" que iniciou a manifestação de ontem (24). Segundo ele, o ato promovido pelas centrais sindicais foi prejudicado por "grupos absolutamente radicais". "Acompanhamos a concentração, a chegada os ônibus e a descida das pessoas em direção ao local da manifestação. Era um enorme contingente pacífico e ordeiro, como acontece nas democracias sadias", disse Etchegoyen ao iniciar sua fala, durante o anúncio de suspensão do decreto presidencial que autorizava o uso das Forças Armadas, por meio de ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Segundo o ministro da Segurança Institucional, "em determinado momento", foi identificado que a polícia não dispunha de efetivo e de estrutura suficiente para lidar com a situação e, logo em seguida, a violência foi desencadeada. O ministro informou que às 14h30 foi disparada uma mensagem aos secretários executivos dos ministérios, sugerindo que "dispensassem seus servidores porque ainda havia vias que davam a eles segurança". "Rapidamente a situação evoluiu para um confronto, e rapidamente houve violência por parte desses grupos absolutamente radicais e desconectados de qualquer propósito, pelo menos alegado, da manifestação. Eles então passaram às ações de vandalismo e violência, até que se chegasse ao momento culminante em que se ateou fogo no Ministério da Agricultura", disse Etchegoyen. Foi nesse momento - com a impossibilidade da chegada imediata do Corpo de Bombeiros, e tendo em vista o efetivo insuficiente para aquela [situação] e para outras que se apresentavam na Esplanada - que, segundo o ministro, o presidente Temer "aceitou e decidiu pela sugestão de emprego de mais força e mais tropas", com o objetivo de "preservar as vidas" das pessoas que estavam no interior dos prédios. "Esse foi o gatilho disparador da decisão do emprego das Forças Armadas", disse ele. "As pessoas estavam presas e aterrorizadas nos prédios. Foi então decidida a preservação da segurança delas e do patrimônio público", acrescentou. Segundo Etchegoyen , as Forças Armadas permaneceram nos ministérios durante toda a noite. "A situação se normalizou e, pela manhã, não havia mais razões que fundamentassem a permanência".
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