Produção industrial avança em 10 dos 14 locais pesquisados no mês de maio
Segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, o crescimento que se refere aos dados dessazonalizados teve como principal destaque o estado do Ceará, onde a expansão chegou a 5,9%
O crescimento de 0,8% na produção industrial em maio, reflete expansão no parque fabril em 10 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (11) os dados regionalizados da produção. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, o crescimento que se refere aos dados dessazonalizados teve como principal destaque o estado do Ceará, onde a expansão chegou a 5,9%, representando 5,1 pontos percentuais acima do crescimento médio nacional da indústria e já divulgado na semana passada pelo IBGE, com índice de 0,8%. Em seguida vem a Bahia, cuja expansão, não menos significativa, chegou a 3,6% e o Pará, com 3,1%. O Ceará foi a segunda expansão consecutiva, acumulando em abril e maio alta de 7,3%; enquanto a Bahia reverteu a queda de 0,7% registrado no mês de abril. O estado do Pará eliminou parte da perda de 7,5% acumulada entre fevereiro e abril deste ano. No Rio Grande do Sul e em São Paulo a expansão foi 2,5%; em Santa Catarina (1,4%); no Paraná (1,4%); e na Região Nordeste (1,3%); todos com resultados foram acima da média nacional da indústria. Com resultados positivos ficaram ainda Goiás, que registrou o mesmo avanço de 0,8% do crescimento da indústria para a totalidade do país; e Pernambuco, que apresentou resultado praticamente estável ao crescer apenas 0,1%. Entre os quatro estados com resultados negativos ficaram o Amazonas, cuja indústria registrou a maior retração: de -3,6%, intensificando a queda de 0,6% verificada no mês anterior. As demais taxas negativas foram assinaladas no Espírito Santo (-1,9%), Rio de Janeiro (-1,6%) e em Minas Gerais (-0,2%). Acumulado no ano Os dados do IBGE indicam, por outro lado, que o crescimento de 0,5% acumulado pelo indústria nos primeiros cinco meses do ano (janeiro-maio) reflete expansões em 10 dos 15 locais pesquisados, frente a igual período do ano passado. Os avanços mais acentuados foram assinalados pelo Rio de Janeiro, que ao avançar 4,6%, chegou a registrar crescimento 4,1 pontos percentuais acima da média nacional; Santa Catarina (4,3%); Espírito Santo (3,4%); e Paraná (3,1%). Em Minas Gerais o crescimento foi 2,1%; no Amazonas e no Rio Grande do Sul (1,9%); em Goiás (1,5%); e em Pernambuco (1,3%) - todos com resultados estão acima da taxa média do país de 0,5%. Já o Pará registrou expansão de 0,2%. Segundo o IBGE, nesses locais, o maior dinamismo foi "particularmente influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor agrícola e de construção); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia e derivados da extração da soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da "linha marrom"); e de bens de consumo semi-duráveis e não duráveis (calçados, produtos têxteis e vestuário). Por outro lado, a Bahia, ao fechar os primeiros cinco meses com queda de 6,6% em seu parque fabril, apontou o recuo mais elevado no índice acumulado do ano, chegando a ficar 7,1 pontos percentuais abaixo do crescimento médio nacional do período. A queda expressiva foi pressionada, principalmente, pelo comportamento negativo vindo dos setores de metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva). Os demais resultados negativos foram registrados na Região Nordeste (-1,6%), no Mato Grosso (-1,4%), em São Paulo (-0,6%) e no Ceará (-0,2%). Indústria Cearense Os dados divulgados pelo IBGE indicam, ainda, que o expressivo crescimento de 5,9% verificado na indústria cearense de abril para maio foi impulsionado principalmente pelos setores de petróleo, vestuário e calçados. O expressivo resultado acontece depois de o estado ter atingido em novembro do ano passado o patamar mais baixo de produção da série histórica: de -28,6%. A indústria cearense já havia mostrado recuperação no mês de abril (1,3%), o que levou o crescimento de maio fechar os dois últimos meses com avanço de 7,3%.
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