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É a polícia trabalhando, dizem Jungmann e Sá após violência na CDD

Douglas Corrêa e Nielmar de Oliveira - Repórteres da Agência Brasil

31/01/2018 16h21

O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse nesta quarta-feira (31) que o governo estadual vem "trabalhando para que instituições possam dar cada vez mais respostas" que visem o combate às ações do crime organizado no Estado. Sá fez uma avaliação do conflito a partir do fechamento da Linha Amarela, uma das mais importantes estradas da capital fluminense, nesta quarta-feira. O confronto se deu após a morte de três traficantes da Cidade de Deus em troca de tiros com policiais militares.

"Nós estamos trabalhando para que as instituições possam dar cada vez respostas a ações como estas e que as forças de segurança possam minimizar e, se possível, impedir que isto continue acontecendo. A polícia do Rio, apoiada até por forças federais, faz o que está ao seu alcance para evitar que fatos como os de hoje continuem a acontecer", afirmou o secretário.

Ele comentou ainda ainda que o Rio vive uma situação complexa, onde somente no ano passado quase 500 fuzis apreendidos pelas forças de segurança. "Numa situação complexa, enfrentando uma realidade de que a cada abordagem de carros suspeitos e apreensão de armas, tropeça-se em um fuzil, isso tem que gerar uma reflexão. Foram 499 fuzis apreendidos somente no ano passado", afirmou.

O secretário disse também que a polícia está trabalhando para inverter esta situação e lamentou que muita das vezes se paga com a vida dos próprios PMs. "O que dizer para uma viúva de um policial. A polícia está 24 horas por dia à disposição da sociedade para evitar casos como o ocorrido hoje, em que a Linha Amarela tem que ser fechada".

Roberto Sá afirmou que, apesar de a PM trabalhar com estrutura precária --com carros e helicóptero quebrados--, chega a prender 4.000 pessoas por mês. "Nós apostamos muito na decisão do governador [Luiz Fernando Pezão] de criação do fundo estadual de segurança publica que vai dar ao gestor um mínimo de previsibilidade para poder trabalhar e de ter investimento para a polícia poder trabalhar", avaliou.

Ele fez estes comentários sobre o ocorrido na Linha Amarela após participar de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).

"Lamentavelmente mais uma vez uma via importante ficou fechada em razão da violência, mas isto está acontecendo porque a polícia está ali trabalhando e tentando evitar que delitos aconteçam contra a sociedade."

É a polícia trabalhando, dizem Sá e Jungmann

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, outro participante do evento na Firjan, também lamentou o confronto na Linha Amarela. "Lamento que isso esteja acontecendo [na Cidade de Deus], mas é a polícia trabalhando e fazendo o seu papel", limitou-se a comentar.

Na palestra, Jungmann afirmou ser inconcebível que o traficante Nem, encarcerado num presídio a mais de 5.000 km do Rio, consiga comandar uma das quadrilhas, inclusive dando ordens para que outros bandidos invadam a Rocinha, uma das maiores favelas da América do Sul, situada em São Conrado, na capital fluminense.

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