Quase uma semana depois do acidente aéreo nos arredores de Havana, em Cuba, que matou 111 pessoas e deixou duas mulheres sobreviventes em estado grave, as autoridades ainda buscam explicações para a tragédia e tentam identificar as vítimas. Dos mortos, apenas 67 foram identificados. A maioria é de cubanos, mas havia mexicanos, argentinos e saarianos entre passageiros e tripulantes. No último dia 18, por volta do meio-dia de Havana (13h em Brasília), o Boeing 737-200, que decolou com 102 cubanos e 11 estrangeiros, caiu no município de Boyeros, nos arredores da capital cubana, pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional de Havana. A aeronave foi alugada pela Cubana de Aviación e pertencia à companhia aérea mexicana Global Air.
Investigações
O perito médico Jorge González, que trabalhou nas buscas e descobertas dos restos mortais do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, na Bolívia, disse que as investigações sobre as causas do acidente podem levar até um ano. Porém, as autoridades cubanas estão confiantes, já que é bom o estado de preservação da caixa-preta, que armazena a troca de comunicação da aeronave. O governo de Cuba informou que serão seguidos os protocolos internacionais. Dois especialistas da aeronáutica do México também participam das investigações. Autoridades informaram que o governo de Cuba aceita a colaboração de especialistas estrangeiros para as investigações.
Identificação
No Instituto de Medicina Legal de Havana, uma equipe multidisciplinar de mais de 30 criminologistas forenses, antropólogos, técnicos e psicólogos trabalha para identificar os restos mortais das vítimas. O diretor do instituto, Sergio Piera Rabell, afirmou que a dificuldade maior é que os corpos ficaram muito danificados não só com a colisão, mas também com as elevadas temperaturas.
*Com informações do jornal Granma, imprensa oficial de Cuba.
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