Senado pede diálogo com caminhoneiros e pode convocar sessão amanhã
Começou há pouco a reunião de líderes de partidos do Senado que vai buscar uma solução consensual entre governo, parlamentares e os caminhoneiros que bloqueiam as principais rodovias do país há quatro dias. A preocupação com o agravamento de uma crise de desabastecimento fez com que os senadores retornassem às pressas a Brasília para participar do colégio de líderes, que se reúne normalmente às terças-feiras para definir a pauta de votações do Senado. Logo após o início da reunião, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), deixou o Senado para se encontrar com com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e lideranças dos caminhoneiros no Palácio do Planalto. A intenção é negociar uma saída acordada com os manifestantes, para que não haver o risco de aprovar novamente um projeto que não seja satisfatório para o movimento nem cause problemas para a situação fiscal do país. Eunício fez um apelo em nome de um acordo entre as lideranças dos caminhoneiros e o presidente Michel Temer. "Eu não estou preocupado com o projeto, se vai ser votado agora, mais tarde ou amanhã. Quero um entendimento [para solucionar] uma crise que aflige todos os brasileiros", afirmou, referindo-se à proposta que retira benefícios fiscais de alguns setores da economia e, ao mesmo tempo, estabelece alíquota zero para o PIS/Pasep e o Cofins que incide sobre o óleo diesel. A matéria foi aprovada no fim da noite de ontem (23) pela Câmara dos Deputados, mas é alvo de divergências sobre os números do impacto que a isenção dos tributos causará aos cofres da União.
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