Com falta de combustível, Rio de Janeiro entra em estágio de atenção
Diante da continuidade dos bloqueios de estradas pelos caminhoneiros, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio declarou que a cidade entrou em estágio de atenção. "Com a manutenção da greve dos caminhoneiros, o desabastecimento de combustível já afeta drasticamente a mobilidade no município", informou a prefeitura, em nota. O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que um ou mais incidentes provocam reflexos relevantes para a locomoção da população. Os protestos continuam nas estradas do Rio de Janeiro na tarde de hoje (25). De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PFR), manifestantes permanecem mobilizados em quatro rodovias federais que cortam o estado. Os postos de gasolina nos municípios fluminenses ainda não foram reabastecidos e o impacto nas operações de transporte público aumenta gradativamente. O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) estima que 50% da frota esteja em operação na capital. Em todo o estado, a situação é similar, segundo informa a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor). Metade dos veículos estaria fora de circulação. "O setor mostra-se preocupado em restabelecer o abastecimento de óleo diesel, para a retomada da operação regular na próxima semana, uma vez que os estoques nas garagens estão cada vez mais reduzidos", acrescenta a entidade. O último levantamento da PFR, divulgado às 15h45, registra a presença de caminhoneiros no acostamento em trechos da BR-101, da BR-393, da BR-465 e da BR-116, que é conhecida como Rodovia Presidente Dutra. Os pontos de concentração ocorrem nos municípios Campos do Goytacazes, Seropédica, Barra Mansa, Itaboraí, Itaguaí, Paraty, Paraíba do Sul, Volta Redonda, Barra do Piraí, Duque de Caxias, Petrópolis e Magé. O trânsito, porém, flui já que não há obstrução de pista. A exceção fica no quilômetro 40 da BR-116, em Teresópolis, onde uma interdição parcial prejudica o tráfego. O levantamento também mostra que, na BR-493, não foi constatada a presença de manifestantes. Nos últimos dias, ela vinha sendo outro alvo dos grevistas.
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