Entidade denuncia falta de remédio para HIV em hospital universitário
A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (Abia) denunciou hoje (30) que pessoas que vivem com HIV e realizam tratamento com o antirretroviral Atazanavir de 200 miligramas (mg) estão há 20 dias com dificuldade de acesso ao medicamento no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). De acordo com a Abia, trata-se de um problema de logística da Secretaria Municipal de Saúde do Rio e a falha na distribuição não tem relação com a paralisação dos caminhoneiros. "Os antirretrovirais não podem ser substituídos de uma hora para outra. Cada substituição depende da realização de vários exames laboratoriais e clínicos", registra a denúncia. De acordo com a Apia, a interrupção da medicação pode levar à criação de resistência ao antirretroviral, ao abandono temporário ou permanente do tratamento e ao agravamento das questões emocionais, como estresse ou depressão. A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Hupe, mas ainda não obteve retorno. A Secretaria de Estado de Saúde confirmou que a responsabilidade pelo recebimento e distribuição do medicamento às instituições de saúde da cidade do Rio de Janeiro é do órgão municipal.
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