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Epidemia de chikungunya faz prefeitura fluminense decretar emergência

05/07/2018 20h13

A prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, decretou estado de emergência devido à situação de epidemia da chikungunya. O município tem notificados, até a última terça-feira (3), 2.365 mil casos de chikungunya confirmados por meio de análises clínicas, epidemiológicas e sorológicas. Foram registrados também 95 casos de dengue, mas não há casos de zika e febre amarela.  Publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (5), o decreto do prefeito Rafael Diniz autoriza a entrada de agentes do Centro de Controle de Zoonoses em imóveis cujos proprietários estejam ausentes ou recusem o serviço e o remanejamento de servidores para atuar no combate ao Aedes aegypti, transmissor também da dengue, zika e febre amarela. Desde maio, em vários mutirões, foram percorridos 33 bairros com ações em cerca de 27 mil imóveis, mas 18 mil foram encontrados fechados. 
Aedes aegypti, transmissor do vírus da chikungunya (Arquivo/Agência Brasil)
O decreto leva em consideração a proliferação do mosquito no interior do estado do Rio de Janeiro, o resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), que foi de 6,1% e é considerado de alto risco, a localização geográfica do município, próximo à divisa e a regiões de mata, que facilita a circulação do vírus, além da baixa imunidade da população do país ao vírus chikungunya. Além disso, o decreto destaca que a entrada forçada em algum imóvel deve ser considerada "fundamental no trabalho de contenção da doença com oferta de risco à saúde dos vizinhos". Nesse caso, os agentes estarão acompanhados de funcionários da Vigilância Sanitária, Guarda Civil Municipal ou da Polícia Militar. A ação deverá ser registrada com fotos e vídeos que constarão no chamado "auto de ingresso forçado".  Medidas Desde o mês de maio, quando foi constatada infestação do Aedes aegypyi no município, a prefeitura de Campos vem adotando medidas como reforço dos mutirões nas regiões com alto índice do mosquito, descentralização do atendimento primário na rede de saúde e aumento da atuação dos carros do tipo fumacê. Também aumentaram o número de testes laboratoriais feitos na rede básica de saúde e o de mutirões de identificação de proprietários de terrenos para que façam a limpeza da área.