Ato reúne centenas de manifestantes e fecha Paulista
Centenas de manifestantes Ligados à Frente Nacional de Lutas (FNL) e aos sindicatos de trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) e dos metroviários bloquearam por cerca de uma hora parte da Avenida Paulista durante ato em frente ao gabinete regional da Presidência da República, nesta quinta-feira, 3.
Representantes dos movimentos foram recebidos por um assessor do gabinete e segundo Carlos Lopes, dirigente da FLN, um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT) foi protocolado junto à secretaria para que a Frente discuta a reforma agrária no País. "Tivemos a nossa pauta parcialmente atendida pelo Incra nacional. Algumas áreas (do Estado de São Paulo) serão operacionalizadas e viabilizadas para o assentamento de cerca de 2.500 famílias." Lopes afirmou que são cerca de 7 ou 8 áreas. Em marcha a 24 dias, os sem-terra da região de Assis, no interior de São Paulo, voltarão a partir desta sexta-feira, 4, segundo o dirigente.
Em relação à pauta dos metroviários - que pede a reintegração dos funcionários demitidos na greve - e do sindicato dos trabalhadores da Universidade de São Paulo - que pede uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em relação à prisão de Fábio Hideki -, o dirigente da FLN disse que serão enviadas posteriormente para o escritório regional.
Por volta das 15h, a Avenida Paulista foi liberada pelos manifestantes, que se dispersaram.
Marcha
No final da manhã, o grupo saiu do Largo da Batata, zona oeste da cidade, e seguiu pelas avenidas Brigadeiro, Faria Lima e Rebouças. Onze viaturas da Força Tática e dois ônibus da Tropa de Choque fizeram a retaguarda da marcha que, segundo a Polícia Militar, contava com 500 pessoas.
Motoristas que tiveram de parar na Avenida Brigadeiro Faria Lima ficaram revoltados. "Tenho uma reunião às 12h nesta rua e não sei se vou chegar. Isso é uma palhaçada", disse o contador Marco Oliveira, de 48 anos.
Mensalão
Pouco antes do protesto sair, trabalhadores da USP decidiram em votação participar do ato. Por alguns minutos, eles discutiram a possibilidade de não acompanhar a marcha por causa de uma faixa carregada pelos sem-terra da FNL que pedia a libertação dos presos no mensalão.
A faixa acabou retirada pela FLN para que o ato permanecesse unido. "O apoio aos presos do mensalão não é uma questão partidária. É um principio de solidariedade, porque Genoino e Dirceu me ajudaram muito nas 13 vezes em que fui preso", disse José Rainha.
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