Estudante da UFRJ é morto perto de campus
Alex acabara de sair da aula e esperava o ônibus no ponto da Avenida General Severiano, quando, pouco depois das 21h, foi abordado pelos criminosos, cada um sobre uma motocicleta. Uma testemunha contou à polícia que um deles desceu do veículo e roubou a carteira e o celular do jovem. Quando o criminoso estava já em cima da moto para sair, Alex teria, segundo a testemunha, "partido para cima do homem e o agarrado pela cintura"; o comparsa então disparou três vezes contra o estudante. O homem que estava com os pertences de Alex teria dito: "Mata logo", e o assassino atirou outras três vezes.
Câmeras de vigilância de prédios residenciais em frente ao ponto de ônibus filmaram os criminosos. Ambos usavam capacete. Segundo a Polícia Civil, a Divisão de Homicídios trabalha com a principal hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Alex chegou ainda com vida ao Hospital Municipal Rocha Maia, que fica logo ao lado do local do crime, foi transferido para o também municipal Miguel Couto, na Gávea, a 7km de distância, mas, pouco depois de chegar à unidade, não resistiu aos ferimentos e morreu.
O corpo de Alex será cremado amanhã, às 11h, no Memorial do Carmo, no Caju. Ele era filho de dois jornalistas: Andrei Bastos e Mausy Schomaker. Ao comunicar amigos e parentes sobre o funeral, no Facebook, o pai descreveu Alex como "o jovem inteligente e bondoso que a violência do Rio de Janeiro matou". Os amigos marcaram uma "Mobilização em Homenagem a Alex" para domingo, às 9h, no campus da Praia Vermelha: "A morte dele não representa apenas um episódio destacado, mas expõe a fragilidade de nossas políticas de segurança pública e o descaso que temos com os programas de desenvolvimento social", escreveram na página criada para o evento.
Moradores da região reclamam da falta de policiamento. Em nota, a Polícia Militar informou que há patrulhamento 24h/dia na região - moradores e estudantes, entretanto, negam que seja assim tão frequente. Por conta do assassinato, de acordo com a PM, "está sendo planejado um reforço na área do campus e a alteração do ponto de baseamento das viaturas". A PM não quis revelar qual será o novo ponto "por tratar-se de informação estratégica". Procurado pela reportagem, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, não se manifestou. Até o início da noite de hoje, a UFRJ ainda não havia se pronunciado sobre a morte do aluno.
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