Maior fluxo entre cidades do país é Guarulhos-São Paulo, aponta IBGE
Mais de 7 milhões de pessoas se deslocavam, em 2010, para trabalhar ou estudar em municípios diferentes daqueles em que moravam. O dado está em estudo inédito divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre concentrações urbanas e arranjos populacionais.
Na Grande Concentração Urbana, cujo núcleo é a cidade de São Paulo, com 36 municípios (incluindo a capital), 1,7 milhão de pessoas saem da cidade onde moram para trabalhar ou estudar. Na Grande Concentração Urbana, cujo núcleo é o Rio de Janeiro, são 1 milhão de pessoas.
O maior fluxo entre municípios do país é Guarulhos/São Paulo. No total, 146,3 mil pessoas se deslocam regularmente entre as duas cidades, segundo o Censo 2010. A grande maioria, 118.020 pessoas, sai de Guarulhos para trabalhar ou estudar na capital e 28.310 fazem o sentido contrário.
O IBGE não aponta qual é a periodicidade do deslocamento, mas sabe-se que, em cidades vizinhas, trabalhadores e estudantes costumam fazer o trajeto de ida e volta diariamente.
Outro grande deslocamento no Estado acontece entre Osasco e São Paulo. Pouco mais de 91 mil pessoas vão de Osasco para a capital, para trabalhar ou estudar, e 20.688 vão de São Paulo para Osasco, somando 112,4 mil pessoas que se deslocam entre as duas cidades.
O maior fluxo que não inclui a capital é entre Santo André e São Bernardo do Campo (69,7 mil pessoas). Saem de Santo André para trabalhar ou estudar em São Bernardo 45.598 pessoas. Pouco mais de 24 mil fazem o sentido contrário.
Rio-São Paulo
A pesquisa mostra também um intenso deslocamento entre Rio de Janeiro e São Paulo para estudo ou trabalho. Apesar da distância de mais de 400 quilômetros entre os dois núcleos urbanos, o Censo 2010 apontou que 13.400 pessoas se deslocam entre eles, 57,7% para trabalhar, 40,5% para estudar e 1,9% para trabalhar e estudar. A pesquisa do IBGE não informa quantas pessoas vão do Rio para São Paulo e vice-versa.
O fluxo entre Rio e São Paulo é apontado como "caso especial" no estudo sobre concentrações urbanas e arranjos populacionais, especialmente pela grande distância entre as duas cidades.
"Os casos especiais foram identificados e serão destacados por representarem tendências ou aspectos relevantes da urbanização brasileira", diz a pesquisa, que não aponta com que regularidade esses trabalhadores e estudantes se deslocam. Os técnicos dizem que é improvável o deslocamento diário. Em geral, os deslocamentos são semanais.
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