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Governo paulista estuda fim de contrato com a Alstom

Sistema de sinalização é a principal aposta para reduzir a superlotação no metrô - Rogerio Cavalheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Sistema de sinalização é a principal aposta para reduzir a superlotação no metrô Imagem: Rogerio Cavalheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

08/05/2015 07h36

O governo do Estado de São Paulo estuda rescindir contrato de R$ 721 milhões com a multinacional francesa Alstom, responsável pela instalação do sistema de sinalização CBTC no Metrô (sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação).

Em visita às obras da linha 5-lilás do metrô nesta quinta-feira (7), o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse que não está satisfeito com o ritmo de instalação do sistema pela companhia.

Principal aposta para reduzir a superlotação, o CBTC é um sistema para diminuir o intervalo entre trens. Pelissioni afirmou que novas licitações podem ser lançadas.

"O contrato não está andando a contento, a nosso ver, e estamos estudando levar para o governador [Geraldo Alckmin] a possibilidade de rescisão", afirmou.

"Esse contrato tinha também as portas de plataforma [que, após cinco anos, ainda não estão em operação]. Estamos avaliando com a nossa equipe técnica e jurídica essa possibilidade, para podermos fazer novos contratos."

Em nota, a Alstom negou que as portas de plataforma façam parte do escopo do contrato. "A Alstom lamenta que o tema seja levado a público sem nem sequer ter sido iniciada qualquer discussão com a empresa", diz o texto.

A multinacional afirmou que a demora será resolvida na Justiça. "A responsabilidade pelo atraso na implementação do sistema está sendo discutida em processo de arbitragem jurídica." O etrô afirmou que aplicou à Alstom multas que somam R$ 77 milhões, valor máximo previsto em contrato.