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Pimentel diz que mulher está sendo vítima de equívoco em investigação da PF

Pimentel concede entrevista sobre a acusação envolvendo sua mulher, Carolina - Lincoln Zarbietti/O Tempo/Estadão Conteúdo
Pimentel concede entrevista sobre a acusação envolvendo sua mulher, Carolina Imagem: Lincoln Zarbietti/O Tempo/Estadão Conteúdo

Em Belo Horizonte

30/05/2015 18h33

Com os olhos marejados, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse há pouco, em coletiva de imprensa convocada de última hora, que o mandado de busca e apreensão cumprido ontem, no apartamento da sua mulher Carolina Pimentel, em Brasília (DF), foi expedido com base em uma alegação "absolutamente inverídica". "Carolina está sendo vítima de um erro, de um equívoco, que eu tenho certeza de que será corrigido", declarou.

A Operação Acrônimo, da Polícia Federal, investiga a suspeita de um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Ontem, na ação, foram presos, além do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT, outras quatro pessoas.

Agentes da PF também fizeram buscas num apartamento de Carolina, localizado na Asa Sul, em Brasília, com base em suspeita de que a empresa da primeira-dama do Estado de Minas Gerais, Oli Comunicação e Imagens, seja "fantasma". Outros alvos foram dois imóveis, em Belo Horizonte, do ex-deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), aliado de Pimentel.

O governador estava acompanhado na coletiva de hoje somente do advogado de Carolina, Pierpaolo Bottini. No início de seu pronunciamento, Pimentel disse que estava ali "não na qualidade de governador, mas como cidadão, pai e marido". Justificou a ausência de Carolina no Palácio da Liberdade, uma das sedes do governo estadual, onde foi a coletiva, devido ao pedido médico para ficar de repouso, pois está grávida. "É meu dever prestar contas. Só não fizemos isso ontem porque queríamos ter acesso aos autos do inquérito. Carolina está abalada", informou o governador.

Pimentel ainda comentou que tanto ele quanto a primeira-dama não acham que houve má-fé ou atitude deliberada da PF na ação. "Respeitamos a operação e a investigação da PF e do Ministério Público. Mas reafirmo minha absoluta convicção na Justiça brasileira, nas instituições republicanas. Nós estamos sendo vítimas de um erro, e não perco minha fé na democracia e na liberdade de imprensa", falou.

Segundo ele, na segunda-feira serão entregues documentos que servirão para excluí-la desse inquérito, "sem prejuízo de que ele prossiga como objeto de que lhe é de direito", ressaltou. "Mas no caso da minha esposa, é um erro clamoroso. Vamos superar isso", completou.