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Sem fusão com PSB, PPS já não garante mais apoio a Marta em São Paulo

Marta Suplicy, no Congresso - 26.mai.2015 - Pedro Ladeira/Folhapress
Marta Suplicy, no Congresso Imagem: 26.mai.2015 - Pedro Ladeira/Folhapress

Em São Paulo

23/06/2015 19h51

Após ver naufragar a fusão com o PSB, o PPS vai reestudar as possibilidades do partido na capital paulista para 2016. O presidente municipal da legenda, Carlos Fernandes, disse que o partido tem afinidade com a senadora Marta Suplicy e até a convidou para integrar a legenda, mas sabe que ela deve seguir com a opção pelo PSB. Fernandes explica que na maioria das disputas paulistanas, o partido optou por ter candidatura própria e que isso também pesa. "A não fusão abre a discussão no diretório municipal do PPS. Existe muita afinidade com a Marta, mas há quem defenda candidatura própria" disse.

Após deixar o PT, o projeto desenhado por Marta era seguir para o PSB, com o apoio de um arco de partidos. O PSB liderava uma aliança com os nanicos PPS, PV e Solidariedade, com a intenção de ir além da parceria parlamentar, mas também de estarem juntos nas eleições municipais do ano que vem. O projeto implodiu.

Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, iniciou conversas com o pré-candidato do PRB, Celso Russomanno. O PV ameaça com candidatura própria, mas já ensaia uma aliança com o PT do prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição.

Nos bastidores, Marta tem se queixado da perda de apoio. A senadora estaria especialmente preocupada depois de ver queimada a ponte com o PDT, de Carlos Lupi, que era uma de suas principais apostas para fazer crescer os cerca de 2 minutos que o PSB teria a oferecer. Mas o partido de Lupi já se aproxima do PT de Haddad, depois de ter conquistado para o ex-líder sindical Luiz Antônio Medeiros o cargo de secretário de Subprefeituras.

Depois de ter falado publicamente de sua inclinação de ir para o PSB, em entrevista à revista Veja, Marta já adiou por, pelo menos, duas vezes a filiação. A ida da senadora era prevista para o começo de junho, depois para o fim de junho, e fontes próximas a ela agora trabalham com a perspectiva de filiação apenas no início de agosto. O atraso gera preocupação entre dirigentes do PSB.