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Policiais são presos acusados de integrar milícia no Rio

No Rio

30/06/2015 10h36Atualizada em 30/06/2015 15h35

Dois policiais foram presos, na manhã desta terça-feira (30), acusados de integrar o grupo de milicianos conhecido como Liga da Justiça, que exerce controle em condomínios em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Um terceiro denunciado pelo MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), Sidney Carvalho da Silva, conhecido como Lacraia, está foragido.

O policial civil Alexandre Castilho Gouvêa de Oliveira, conhecido como Castilho ou Nazista, e o policial militar Lucas Nunes de Oliveira, conhecido como Goiano, foram detidos por agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil e da 9ª Delegacia de Polícia (Catete). A ação denominada Operação Valkíria apreendeu ainda R$ 60 mil e notas promissórias na casa de um dos presos.

A prisão preventiva dos milicianos foi decretada pela 16ª Vara Criminal da Capital, após denúncia apresentada no dia 15 de junho pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPRJ.

Segundo os promotores, Castilho assumiu o controle do condomínio onde atua a milícia em 2011, ao mesmo tempo em que exercia a função de policial civil. O policial militar Lucas Nunes de Oliveira executava os homicídios a mando do chefe da milícia, geralmente na garupa da motocicleta conduzida por Sidney, apontado como homem de confiança de Castilho.

A denúncia do Gaeco pede ainda ações de busca e apreensão em mais de 20 endereços, a maioria no Condomínio Flor do Campo, na Estrada da Posse. No local, os milicianos cometeram diversos crimes, entre eles homicídios, ameaças, constrangimento ilegal e fornecimento irregular de sinal de TV a cabo de segurança privada.

Entre as apreensões estão cerca de R$ 107 mil em dinheiro, um carro roubado com placa clonada e notas promissórias. Dentro do carro foram encontrados documentos de um policial militar, preso em flagrante. (Com Agência Brasil)