Corregedoria ouve 32 PMs sobre chacina na Grande São Paulo
Trinta e dois policiais militares de Osasco foram convocados para prestar esclarecimentos na sede da Corregedoria da corporação na manhã desta terça-feira (18). Não há prazo para os depoimentos terminarem.
Os policiais estavam trabalhando no dia da chacina que deixou 18 mortos e seis feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, na última quinta-feira (13).
A principal suspeita é de que os crimes tenham acontecido em resposta à morte do cabo da PM Avenilson Pereira de Oliveira, de 42 anos, lotado no 42° Batalhão, de Osasco. O policial foi morto a tiros por ladrões dentro de um posto de gasolina, no dia 7.
A polícia acredita que ao menos dez criminosos atuaram na chacina em Osasco e Barueri, divididos em três grupos diferentes. Os investigadores chegaram à conclusão após analisarem laudos periciais, cruzarem os tipos de armas e as munições, além de verificar filmagens e relatos de testemunhas.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) está oferecendo uma recompensa de até R$ 50 mil para quem tiver informações que levem à prisão de suspeitos na chacina. Trata-se da maior oferta já feita para tentar solucionar um crime no Estado.
Investigações
Dois policiais militares que trabalhavam diretamente com o cabo Avenilson Pereira de Oliveira devem ser chamados no começo da semana para prestar esclarecimentos à força-tarefa que investiga a maior chacina do ano no país.
Pereira pertencia à Força-Tática do 42º Batalhão da PM de Osasco, que é um grupo treinado para ocorrências mais violentas com bandidos.
Ele foi assassinado, no dia 7, em um posto de gasolina da cidade, quando foi surpreendido por dois ladrões que assaltaram o local. A dupla usou a arma do policial para matá-lo. A principal suspeita das investigações é que PMs, com o objetivo de vingar a morte do colega, seriam os responsáveis pelas mortes em série.
Os suspeitos pela morte do policial foram identificados e estão sendo procurados. Thiago Santos Almeida, 26, e Wagner Rodrigues, 27, tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça e são considerados foragidos.
Outras hipóteses para a chacina são a morte de um guarda municipal ou disputa por pontos de tráfico de drogas. Com os esclarecimentos dos dois colegas de Pereira, a força-tarefa espera conseguir traçar um perfil dele para tentar chegar a uma possível motivação para os crimes.
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