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Secretário diz 'não ter pressa, mas prioridade' para resolver chacinas em SP

Alexandre de Moraes, s secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo - José Patrício/Estadão Conteúdo
Alexandre de Moraes, s secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo Imagem: José Patrício/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

29/09/2015 13h17

O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse, nesta terça-feira (29), não "ter pressa, mas prioridade" em solucionar as chacinas de Osasco e Barueri. Em entrevista à Rádio Estadão, Moraes disse que a investigação está sendo criteriosa para não haver nenhuma "frustração futura".

"Isso [a investigação] leva um tempo porque está sendo feita com metodologia, com profissionalismo para quando apresentarmos, e isso está muito próximo de acontecer, as pessoas como os praticantes do crime, podermos ter certeza absoluta que teremos todas as provas para que fiquem presos por muitas décadas", disse Moraes. "Não temos pressa, temos prioridade", completou.

O secretário disse que já foram apreendidos e analisados 60 aparelhos celulares e que novos chips telefônicos foram apreendidos na semana passada.

Índices de criminalidade

Moraes negou que a secretaria esteja fracionando a divulgação dos dados de criminalidade no Estado, com o anúncio antecipado de dados favoráveis.

"Eu tenho por lei até o dia 25 de cada mês para divulgar esses dados. Não há em nenhum lugar [a determinação] de que a divulgação de todos os dados, de todas as cidades tenha que ser feita junta. Até porque não há a possibilidade de a sociedade e a imprensa assimilarem todas essas informações em um só momento."

Moraes disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) continuará a divulgar os dados dessa forma. Os índices de criminalidade do Estado, antes de Moraes assumir o cargo, eram divulgados de uma só vez, no dia 25 de cada mês. Neste mês, as estatísticas da capital foram apresentadas dois dias antes, no dia 23, retendo os dados da região metropolitana e do interior.

"Temos uma sequencia de atos positivos, mas infelizmente a imprensa acaba só divulgando dois ou três fatos negativos. Em oito meses, tivemos a queda de todos os índices de criminalidade e agora ocorrem fatos negativos, e esses acabam sendo noticiados", disse.