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Mortes violentas de homens caíram 41,5% em SP na última década, diz IBGE

Manifestantes da ONG Rio de Paz protestam na avenida Paulista contra a chacina que fez 19 vítimas, em Osasco e Barueri, em agosto - Marcos Moraes/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
Manifestantes da ONG Rio de Paz protestam na avenida Paulista contra a chacina que fez 19 vítimas, em Osasco e Barueri, em agosto Imagem: Marcos Moraes/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

No Rio

30/11/2015 10h57Atualizada em 30/11/2015 15h00

Nos últimos 40 anos, a proporção de mortes violentas (especialmente assassinatos e acidentes de trânsito) em relação ao total de óbitos registrados no país cresceu de 6,4% para 10,2%. Os homens correm muito mais risco: a participação da população masculina nos óbitos violentos chega a 84,2%, segundo as Estatísticas do Registro Civil, que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta segunda-feira (30). O grupo etário mais vulnerável é o de 20 a 24 anos, com sobremortalidade de 4,9 em relação às mulheres dessa idade, ou seja, um homem tem 4,9 vezes mais chance de morrer nessa idade do que uma mulher. Em 1974, essa diferença era de 1,7 vez.

Na década de 2004-2014, no entanto, registrou-se queda importante da mortalidade masculina por causas violentas no Estado de São Paulo, de 41,5%. A sobremortalidade, consequentemente, caiu. O IBGE acredita que isso se deva aos esforços do Estado no período para a contenção da criminalidade. Nessa década, houve aumento das taxas em Alagoas (de 73,0 para 160,8 a cada 100 mil homens) e no Ceará (de 69,3 para 141,5 a cada 100 mil).

Com os brasileiros vivendo cada vez mais, a participação da morte de idosos no volume de óbitos do país foi muito impactada: em 1974, quando a população era muito jovem, o número de mortes de pessoas de 65 anos ou mais representava 27,3% do total; em 2014, o porcentual era de 56,9%.