André Esteves está proibido de ingressar no BTG, banco que controlava
O alvará para soltura de André Esteves já foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a qualquer momento o ex-banqueiro pode deixar o presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde cumpre, há 21 dias, prisão preventiva, depois de passar dois dias na sede da Polícia Federal. O ministro Teori Zavascki revogou nesta quinta-feira (17), a prisão e a substituiu pelo "recolhimento domiciliar".
Esteves - que foi preso durante as investigações da Operação Lava Jato, sob suspeita de participar do planejamento de fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, envolvido nas denúncias de corrupção da petroleira - foi autorizado a trabalhar, mas não poderá mais participar das atividades do banco BTG Pactual, que controlava até a semana passada, e nem de qualquer empresa envolvida nas denúncias da Lava Jato.
Na verdade, o ex-banqueiro sequer poderá ingressar no BTG ou em "estabelecimentos a ele relacionados". Em sua decisão, Zavascki determinou também, o "recolhimento domiciliar integral". Ou seja, enquanto não arranjar emprego, Esteves terá de permanecer em casa. Depois, poderá sair para cumprir jornada de trabalho, mas terá de passar as noites e os dias de folga em casa.
O ex-banqueiro terá de comparecer em juízo quinzenalmente, vai entregar o passaporte às autoridades policiais e está proibido de deixar o País. O descumprimento de qualquer das determinações pode levar André Esteves de volta à cadeia.
Zavascki indeferiu os pedidos de revogação prisão preventiva de Edson de Siqueira Ribeiro Filho, ex-advogado de Nestor Cerveró, e Diogo Ferreira, assessor do senador Delcídio Amaral. O ministro reiterou a transferência de Delcídio e Diogo para um quartel da Polícia Militar do Distrito Federal e manteve Ribeiro Filho no presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro.
A principal prova contra os acusados é uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo. Numa reunião gravada no começo do mês passado, em um hotel de Brasília, Delcídio e Ferreira cogitam enviar Cerveró para Espanha, via Paraguai, e afirmam que Esteves daria suporte financeiro de R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Petrobras. O banqueiro não participa da conversa, mas teria tido acesso a trechos da delação de Cerveró.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.