Amigo de Lula diz à PF que Marisa pediu 'ajuda' para ampliar sítio
O pecuarista José Carlos Bumlai declarou nesta quarta-feira (17) ao delegado Marcio Anselmo que a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente Lula, queria ampliar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, para passar os fins de semana. Bumlai prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo.
O pecuarista chegou e saiu da sede da PF amparado pelos advogados Daniella Meggiolato e Conrado de Almeida Prado.
A Operação Lava Jato suspeita que o verdadeiro dono do sítio seja Lula, o que ele nega. Com 180 mil metros quadrados de área e composto por duas propriedades com matrículas distintas (19.729 e 55.422), o sítio Santa Bárbara foi comprado no fim de 2010, no mesmo dia, pelo valor total de R$ 1,5 milhão.
Os dois imóveis foram adquiridos em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Ambos são sócios dos filhos do ex-presidente.
À PF, Bumlai declarou que esteve no sítio a convite de Fernando Bittar e Marisa, na companhia deles, no final de 2010. Na ocasião, Fernando disse que comprou o imóvel com recursos do pai, mas que seria para uso das duas famílias.
Segundo Bumlai, Marisa pediu a ele que os ajudasse na ampliação das acomodações para que pudesse passar os finais de semana. O pecuarista afirmou à PF que solicitou a um engenheiro da usina da sua família, que estava em obras, que atendesse ao pedido e, depois deste pedido, não teve mais contato com o assunto.
Bumlai declarou que ‘o engenheiro providenciou tudo’. O pecuarista relatou que, após uns dias, recebeu uma ligação de uma pessoa chamada ‘Aurélio’ pedindo para deixarem a obra, pois não estava andando a contento, e que uma construtora de verdade iria tocá-la. De acordo com Bumlai, ‘tinham pressa na reforma’.
Outro lado
O Instituto Lula informou que o ex-presidente e Marisa frequentavam o sítio em momentos de folga, a convite dos donos, que são amigos da família. Em nota, o instituto disse haver uma tentativa de associar o petista a supostos atos ilícitos para “macular a imagem do ex-presidente”.
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