Base aliada de Temer define estratégia para acelerar votação do impeachment
Teoricamente, todos os 81 senadores têm direito a questionar as testemunhas e a fazer um pronunciamento no final do processo, antes da votação. O pedido é que apenas líderes cumpram essa função, com a possibilidade de sugerirem outro membro do partido a cada testemunha, como uma espécie de revezamento. O objetivo é não permitir que essa fase ultrapasse o final de semana, para manter o interrogatório de Dilma na segunda-feira, 29. Os senadores foram liberados para confrontar a presidente Dilma "com bom senso".
Para a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), metade das testemunhas de defesa são especialistas e não participaram diretamente dos atos pelos quais Dilma é acusada, além de já terem participado de oitivas na comissão especial da Casa. "Opinião por opinião eu fico com a minha ou a de um consultor", afirmou. "Eu vou advogar essa ideia de sermos mais céleres e de deixar os senadores livres na inquisição da presidente. Algumas testemunhas já vieram duas vezes na comissão", comentou.
Álvaro Dias (PV-PR) disse que há uma "recomendação" das lideranças governistas para que se limite o tempo das perguntas, porém os parlamentares não pretendem cercear o direito de cada senador com a medida. "Queremos evitar indagações desnecessárias e perguntas repetitivas que possam prolongar a sessão. Com Dilma será outro processo, apenas pedimos bom senso", alegou. "Não podemos permitir que a repetição de temas centrais possibilite a procrastinação do processo. O Brasil não aguenta mais", completou José Agripino (DEM-RN).
Também está em discussão a possibilidade de manter apenas uma testemunha de acusação, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo. Caso haja um acordo com os autores da denúncia, os juristas Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, o auditor de fiscalização do TCU Antônio Carlos Costa Dávila, seria dispensado. Alguns governistas, contudo, consideram a iniciativa "tardia".
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