PMDB do Senado repetirá fase depoimentos e vai sumir das perguntas para Dilma
Os senadores peemedebistas têm passado quase em branco nos sete depoimentos realizados desde a quinta-feira (25) no julgamento do processo de impeachment de Dilma. O PMDB do Senado era um dos esteios da governabilidade de Dilma no Congresso, mas, desde o agravamento da crise política, em sua maioria começou a defender o impeachment da petista. O beneficiário direto da eventual queda da petista é o presidente em exercício, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), confirmou que a estratégia da bancada é de ser cortês com a presença de Dilma, outrora aliada, mas tentar não inquiri-la. "Ela tem que ser respeitada como a presidente que ainda está no mandato. Portanto, se depender de mim e se alguém me escutar, não haverá questionamentos à presidenta", disse Eunício ao Broadcast Político.
Um dos raros senadores peemedebista que vai se manifestar, o senador Waldemir Moka (MS) admitiu que ainda pode desistir de perguntar para Dilma - ele está inscrito em décimo quarto da lista. "Se houver um acordo, eu posso abrir mão de falar", admitiu Moka, que tem falado em nome de Eunício.
A decisão dos senadores do partido de falar o mínimo possível até o momento, acertada na semana passada, teve por objetivo tentar acelerar os trabalhos da fase de testemunhas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também concordou com a ação. "Essa fase de depoimentos não muda nenhum voto", admitiu ele na sexta-feira (26).
A ação será repetida agora. Dos defensores do impeachment na bancada, apenas Moka, a outra vice-líder do PMDB, Rose de Freitas (ES), e os senadores Hélio José (DF) e Simone Tebet (MS) se inscreveram para falar. Dos contrários, que não tem seguido a maioria da bancada, se inscreveram a primeira a falar, a senadora e ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (TO), e o senador Roberto Requião (PR).
A intenção do PMDB é também preservar senadores da bancada que foram próximos a Dilma. Por isso, cinco deles não devem falar: os ex-ministros Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM), ex-titulares de Minas e Energia; o ex-titular da Previdência Garibaldi Alves Filho (RN); a ex-representante da Cultura Marta Suplicy (SP) e o ex-líder do governo dela no Senado Romero Jucá (RR).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.