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Polícia faz nova perícia no prédio onde família foi encontrada morta no Rio

Nabor de Oliveira, suspeito de matar os filhos e a mulher em condomínio da Barra da Tijuca - Arquivo pessoal
Nabor de Oliveira, suspeito de matar os filhos e a mulher em condomínio da Barra da Tijuca Imagem: Arquivo pessoal

Em Rio de Janeiro

30/08/2016 19h14

A Divisão de Homicídios fez nova perícia no prédio em que viviam o empresário Nabor Coutinho de Oliveira Júnior, a mulher, Lais Khoury, e os dois filhos do casal. A família foi encontrada morta na manhã desta segunda-feira (29). A principal linha de investigação é de que Oliveira Júnior tenha esfaqueado a mulher, jogado os filhos, de 10 e 7 anos, do 18º andar, e se matado em seguida, pulando da varanda. Os três corpos foram encontrados junto à piscina. Lais estava no quarto do casal.

O delegado Fabio Cardoso aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) para saber se Oliveira Júnior dopou os filhos antes de arremessá-los. Os exames toxicológicos ainda não ficaram prontos. Uma marreta estava sobre a cama de um dos meninos, mas ainda não foi possível determinar se ela foi usada para golpear as crianças. Também sobre a cama havia um estilete. O travesseiro tinha manchas de sangue.

A polícia recolheu imagens das câmeras de segurança do condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca, zona oeste, onde o casal morava havia dez anos. Vizinhos, porteiros e zeladores foram interrogados pelos policiais.

Os quatro corpos foram liberados do IML na madrugada desta terça-feira, 30, e seguiram para Minas Gerais. Oliveira Júnior será enterrado no Cemitério Parque da Colina (Belo Horizonte) nesta quarta ou quinta-feira. A família não marcou a data. Laís, Arthur e Henrique serão enterrados em Formiga, cidade a 190 km da capital mineira.

Em entrevista ao jornal O Tempo, a madrasta do empresário, que se identificou como Maria Matilde, contou que o marido, Nabor Coutinho de Oliveira, 72, está abalado e não fala sobre o crime. "Meu marido não tocou no assunto. Às vezes chora, mas não fala nada." Ele não deve acompanhar o enterro.

Oliveira Júnior era órfão de mãe desde o primeiro ano de vida. Ele e o irmão foram criados por tios.