Debate para prefeitura de São Paulo começa com ataques entre candidatos
Luiza Erundina (PSOL) começou o debate perguntando a João Doria (PSDB) como ele trataria, se eleito, a população que ocupa áreas vazias da cidade. O candidato respondeu que vai prover assistência social e atividades de reciclagem, para introduzi-los ao trabalho. Erundina respondeu que o tucano muda o discurso, porque chamou ocupantes de "transgressores e invasores". Ela também fez referência à polêmica de Doria com o terreno em Campos do Jordão.
O tucano, na tréplica, respondeu que "não invadiu coisa alguma", que o terreno público que ele teria anexado a uma área sua já foi devolvido e que a contrapartida que ele negociou com o município foi feita e permanecerá na cidade.
Marta Suplicy (PMDB) marcou discussões com os candidatos Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT). Contra Russomanno, a peemedebista o acusou de fazer propaganda enganosa com um produto que prometia economizar o desperdício de água nas residências.
"Quem fez os primeiros ataques foi você com mentiras, dizendo que eu não quitei os salários do meu restaurante", rebateu o candidato. Ele disse ainda que, durante sua vida, enquanto defendia o consumidor, Marta estava em Paris dizendo para as pessoas "relaxar e gozar" durante uma crise nos aeroportos.
Marta falou para Russomanno que ele não estava correspondendo ao debate, sendo rebatida pelo candidato do PRB que acusou a peemedebista de estar mentindo com os ataques.
Marta foi criticada por Haddad por ter proposto a volta da Controlar, o que, segundo ele, não estava muito claro e seria uma exigência de um aliado, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Hoje você está primoroso na má fé. A inspeção veicular vai ser gratuita, opcional e faz quem quer, e ainda vai ter desconto no IPTU", disse a candidata. Segundo Haddad, a medida vai onerar a Prefeitura por pagar uma empresa para fazer a inspeção e por deixar de arrecadar IPTU.
Aproveitando o tempo para a resposta, Marta afirmou que Haddad saiu da administração dela, na gestão 2001-2004, para ir ao governo federal, e não porque discordava de políticas adotadas pelo governo, como o petista havia falado anteriormente em debate com Celso Russomanno.
Marta rebateu críticas do atual prefeito, que disse que ela tinha beneficiado a classe média ao construir túneis na região central ao invés de investir na periferia. "Essas acusações não procedem. Não é que você não conseguiu fazer os CEUs que prometeu que a culpa é minha", disse a peemedebista.
Haddad, em confronto com Russomanno, avaliou a primeira metade da gestão de Marta com positiva e a segunda metade como um período que ela deixou "muitos problemas na cidade" e um rombo nas finanças públicas.
Entre Doria e Luiza Erundina, o confronto foi sobre ser um gestor ou um político. "É incrível a tua ignorância política dizendo que não é político", atacou Erundina. Doria havia falado que não é político, mas um gestor que vai levar o empreendedorismo à administração.
João Doria criticou o programa Braços Abertos, da Prefeitura, e disse que vai acabar, implementando o programa Recomeço, do governo do Estado. O petista acusou a administração do aliado de Doria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), de não impedir que toneladas de drogas cheguem à capital.
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