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Teori prorroga prazo para investigação contra Collor na Lava Jato

Em delação premiada, Nestor Cerveró disse que foi procurado pelo empresário Pedro Paulo, que teria cobrado propina em nome de Collor - Alan Marques/Folhapress
Em delação premiada, Nestor Cerveró disse que foi procurado pelo empresário Pedro Paulo, que teria cobrado propina em nome de Collor Imagem: Alan Marques/Folhapress

Rafael Moraes Moura

Em Brasília

27/09/2016 23h02

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte, determinou nesta terça-feira (27) a prorrogação até 22 de novembro das investigações em um dos inquéritos contra o senador Fernando Collor (PTC-AL).

"Defiro a prorrogação de prazo para conclusão das diligências restantes, solicitada pela autoridade policial (petição 49.078/2016) e ratificada pelo Procurador-Geral da República (petição 52.987/2016), até 22.11.2016, a teor do art. 230-C, caput, e § 1º , do RISTF", informa o despacho do ministro.

Em delação premiada, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse que foi procurado pelo empresário Pedro Paulo, que teria cobrado propina em nome de Collor. Cerveró também afirmou que a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, era um feudo do Collor e que era Pedro Paulo era quem operava para Fernando Collor em questões envolvendo o pagamento de propina na BR.

Em manifestação encaminhada ao STF em maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "as declarações de Nestor Cerveró são ricas em detalhes, fazendo referência a diversas circunstâncias e pessoas possivelmente envolvidas".

No mesmo mês, o ministro Teori Zavascki determinou a instauração de inquérito, para apurar se Collor cometeu o crime de corrupção passiva.