Protesto faz com que reunião de segurança mude de sala no Itamaraty
Os servidores reclamam que, enquanto se discute segurança nacional, eles estão "esquecidos", "adoentados" e "mal remunerados".
O encontro para tratar do Plano Nacional de Segurança reúne os protagonistas de uma crise institucional deflagrada nesta semana, por conta da prisão de servidores do Senado, que fez com que o presidente do Congresso, Renan Calheiros, disparasse críticas ao ministro da Justiça, Alexandre Moraes, e ao juiz que autorizou a operação. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, saiu em defesa do magistrado e ampliou a tensão entre os poderes.
Além de Moraes e Cármen Lúcia, estão presentes o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro das Relações Exteriores, José Serra; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen; o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia; e militares e embaixadores. Após a reunião, haverá um almoço e ainda não há definição se haverá alguma declaração à imprensa.
Na quinta-feira, 27, depois de uma cerimônia no Planalto, Temer hesitou, mas decidiu falar com jornalistas sobre o encontro e disse estar certo de que haverá harmonia. "Sem dúvida nenhuma. Eu não tenho a menor dúvida disso. Acho que um ambiente de harmonia já está decretado, digamos assim, não vi nada que pudesse agredir aquilo que a Constituição determina e que os Poderes, os chefes dos Poderes, têm falado com muita frequência", disse. "As questões que vão surgindo, elas vão se resolvendo pouco a pouco pelos instrumentos institucionais. Como estão sendo resolvidos. Não há desarmonia nenhuma", reforçou.
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