Putin diz que não há tempo para assinar novo acordo de trânsito de gás com Ucrânia
MOSCOU (Reuters) - O presidente Vladimir Putin disse nesta quinta-feira que não havia mais tempo este ano para assinar um novo acordo de trânsito de gás e colocou a culpa firmemente na Ucrânia por se recusar a estender o pacto que leva o insumo para a Eslováquia, a República Tcheca e a Áustria.
"Eles anunciaram que não renovariam o contrato", disse Putin, acrescentando que Kiev estava punindo a Europa com essa medida.
O atual acordo de trânsito de gás de cinco anos entre a Rússia e a Ucrânia expira no final do ano.
"Não há contrato e é impossível concluí-lo em 3 ou 4 dias", disse Putin em uma entrevista coletiva televisionada.
O fornecimento de gás russo para a Europa via Ucrânia é relativamente pequeno. A Rússia enviou cerca de 15 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás através da Ucrânia em 2023 --apenas 8% do pico dos fluxos de gás russo para a Europa através de várias rotas em 2018-19.
O gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod, da era soviética, traz gás da Sibéria através da cidade de Sudzha -- que agora está sob controle das forças militares ucranianas -- na região russa de Kursk. Em seguida, ele passa pela Ucrânia e chega à Eslováquia.
Na Eslováquia, o gasoduto se divide em ramificações que vão para a República Tcheca e a Áustria.
A Rússia está pronta para fornecer gás através da Ucrânia para qualquer cliente, mas isso estava se tornando isso impossível, disse Putin.
Putin também reiterou que a Rússia está pronta para fornecer gás para a Europa via Polônia por meio do gasoduto Yamal - Europa.
(Reportagem de Felix Light e Anastasia Lyrchikova)
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