Esforço de parentes de jovens mortos em SP fez investigação avançar
Os cinco jovens que estavam desaparecidos em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) eram menores infratores e que já haviam sido internados na Fundação Casa, de acordo com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). Depois que desapareceram, vizinhos e familiares passaram a procurá-los por conta própria.
Foram os pais das vítimas que acharam o carro em que o grupo estava, após dois dias de procura. Acharam no dia 23, dois dias depois do desaparecimento, e ficaram até as 4 horas da madrugada seguinte em uma delegacia, esperando para registrar a queixa.
Foram mandados embora do 49º Distrito Policial (São Mateus) e só fizeram a queixa no dia seguinte, no 55º (Parque São Rafael). Só após o caso se tornar público foram organizadas buscas pelos corpos - que acabaram encontrados por um trabalhador rural.
Moradores de uma das regiões mais violentas da cidade e com um dos piores desempenhos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os jovens do Parque São Rafael cresceram juntos. Robson Fernando Donato de Paula, 16 anos, foi baleado há dois anos, quando estava em um carro roubado --a família diz, segundo o Condepe, que o carro estava parado.
César Augusto Gomes da Silva, 19, vinha sendo ameaçado pelo irmão de um guarda-civil municipal de Santo André, acusado de envolvimento na morte do agente.
Tanto ele quanto Jonathan Moreira Ferreira, 18, haviam sido internados na Fundação Casa no ano passado. Do grupo, a exceção é Jones Januário, 30, o motorista na noite do crime. Ele aceitou dar carona aos rapazes. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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