'Foi uma prisão evidentemente política', diz Boulos após prisão em SP
De acordo com o MTST, ao menos 700 famílias moravam no local, conhecido como Ocupação Colonial em São Mateus. No 49º Distrito Policial (São Mateus), para onde foi encaminhado, Boulos conversou com a imprensa enquanto aguardava ser chamado. "Não há nenhum motivo razoável. Eu fui lá negociar para evitar que houvesse a reintegração. Foi uma prisão evidentemente política", afirmou o líder do movimento.
"Alegaram incitação à violência e descumprimento de ordem judicial, que é descabido. Fui negociar com o oficial de Justiça. Ele estava presente para oficiar que o Ministério Público havia pedido a suspensão da reintegração ontem (segunda-feira, 16) e o juiz ainda não tinha julgado. E (fui falar) que seria razoável eles esperarem o resultado antes de reintegrar as pessoas. Foi o que eu disse pra eles. Se isso é incitação à violência, então eu incuti a violência", disse Boulos.
Imagens da Rede Globo mostram que a Polícia Militar usou bombas de gás para avançar sobre os sem-teto. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, por meio de nota, que "após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, não houve acordo". A secretaria confirmou o uso de bombas de efeito moral, spray de pimenta e jato d'água pela Tropa de Choque.
Em nota na página oficial do MTST, militantes dizem que prisão de Boulos é "absurda". "Não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los", publicou o grupo. Na página do líder, militantes pedem que Boulos seja solto.
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