Após ataques, comércio fecha as portas e ônibus param de circular em Natal
O resultado disso foi o recolhimento dos transportes coletivos na capital, sem previsão para retorno. Pelas vias da cidade há pouca gente circulando, mesmo de carro, cena que se assemelha à que se viu no Estado potiguar quando, em julho e agosto, as facções organizadas ordenaram ataques do lado de fora das cadeias. O comércio também está fechando as portas mais cedo.
Nos pontos de ônibus, é possível ver pessoas caminhando em busca de conseguir algum tipo de transporte. Alguns estabelecimentos públicos e privados também liberaram os funcionários mais cedo. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), por exemplo, autorizou que os funcionários fossem embora mais cedo, às 15h30 no horário local. Foram liberadas todas as unidades de Natal e também da cidade de Caicó, onde se registrou nesta quarta uma rebelião na Penitenciária Estadual do Seridó.
O comércio também funciona parcialmente, como fosse um feriado. O empresário Gabriel Bispo, dono de uma banca na zona leste de Natal, suspendeu o atendimento no horário vespertino desta quinta-feira, 19. Ele enviou um comunicado aos clientes informando sobre o fechamento do estabelecimento, por conta dos ataques que estão acontecendo na cidade.
Bispo afirma que depois de escutar tiros nas Rocas, bairro onde fica sua barbearia, e de saber de um ônibus incendiado na região, preferiu encerrar o expediente. "Melhor fechar do que ficar a mercê disso", completou.
Também na zona leste, no bairro de Mãe Luíza, o segurança de uma farmácia foi baleado e encaminhado à unidade de saúde local. O estado de saúde do vigilante ainda não foi informado e a polícia vai investigar a motivação do atentado.
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