Calor embala folia nas ruas de SP e do Rio
No Rio, os blocos esvaziaram as praias. Em São Paulo, no dia em que desfilaram alguns dos grupos mais tradicionais, como Acadêmicos do Baixo Augusta e Confraria do Pasmado, a lotação era sentida desde o metrô.
Ainda não há balanço de público da Prefeitura e da Polícia Militar (PM), mas a expectativa é de participação recorde no pré-carnaval paulistano em 2017. Mais de um milhão de pessoas circularam pela região de Pinheiros e Vila Madalena no fim de semana, a maior parte de sábado, 19, segundo dados preliminares do prefeito regional, Paulo Mathias.
Mesmo sem mar, a estudante Milena Paiva, de 18 anos, foi para a folia só de maiô em São Paulo. "Fiquei meio receosa de os caras virem pra cima. Mas até agora, ninguém veio", contou ela, no fim da tarde, após seguir o bloco Gambiarra, em Pinheiros, na zona oeste, liderado pelo ator Tiago Abravanel.
Irreverência. O calor não freou a criatividade nas fantasias. Kauê Momi, de 25 anos, e um amigo foram vestidos como a grávida de Taubaté, que em 2012 fingiu esperar quádruplos para receber doações. "Esse sol só ajuda", disse Momi, com vestido e enchimento.
"Chamamos mais amigos para virem assim, mas disseram que era piada velha. Que nada! Todo mundo quis tirar foto", contou Momi, que curtiu no domingo, 20, pela manhã o Monobloco, em frente ao Ibirapuera, na zona sul paulistana. Foliões elogiaram a organização no local.
Já o publicitário Ewerton Oliveira, de 31 anos, e seis amigos se vestiram de lenhador para curtir o Acadêmicos do Baixo Augusta, que passou pela Consolação. "Cancelamos viagem para o Rio para brincar todo o carnaval aqui."
Políticos - como o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB) - foram alvos de brincadeiras. O publicitário Daniel Nosé, de 27 anos, usou manta xadrez e chapéu mexicano contra o presidente americano, Donald Trump. "A fantasia é fácil. Cortei um lençol em casa e vim", disse ele, que acompanhou o Escravos da Mauá, no Rio. Fantasias do empresário Eike Batista também eram comuns. Para refrescar foliões, o bloco levou um caminhão-pipa.
Falhas. Na capital paulista, o Anhangabaú lotou, com foliões vindos de blocos, para ver a banda Nação Zumbi à noite.
No início da noite, assim como sábado, 19, havia rastros de lixo em pontos onde passaram blocos, como o centro e o Largo da Batata.
Às 23 horas, Doria varreu ruas perto da Faria Lima e admitiu "problemas" na organização do pré-carnaval. A expectativa, disse, era de 250 mil foliões e o público foi de cerca de 700 mil de sábado, 19.
"Não justifica. Temos de estar preparados para mais e não para menos." Segundo ele, já foi dobrado o efetivo de varrição e cada esquina das vias onde passam blocos terá lixeira no próximo fim de semana. Para não repetir os nós na saída de veículos e pessoas, também aumentou o efetivo de agentes de trânsito para 560 - não informou o total de sábado, 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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