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Gaviões da Fiel mostra história de migrantes que formaram São Paulo

25/02/2017 07h51

Juliana Diógenes e Mateus Fagundes - Com homenagem aos migrantes de São Paulo, o desfile da Gaviões da Fiel chamou a atenção por sua rainha de bateria, a artista Sabrina Sato, e, como de costume, pela ausência da cor verde, que remete ao rival Palmeiras.

Vestida de cangaceira, Sabrina atrasou alguns minutos para a concentração e chegou correndo para se posicionar. O primeiro carro alegórico apresentou bonecos gigantes com uma família de retirantes.

Participaram do desfile crianças e cadeirantes. Os integrantes da bateria se vestiram de cangaceiro e trouxeram imagens de xilogravura nos pandeiros e na percussão.

Destacaram-se fantasias com placas trazendo as palavras: esperança, sonhos, oportunidades e emprego. No samba-enredo, a letra falou em "garra de gavião", "mãos calejadas" e "dura realidade", para referir-se aos migrantes.

Foram distribuídas bandeiras da Gaviões da Fiel e muitos espectadores gritavam "Vai, Corinthians!" para incentivar a escola.

Formação

O enredo tem como título "Com as mãos e a garra de um povo sonhador, surge o contraste de uma nova metrópole - Sampa, lugar de sonhos, oportunidades e esperança".

O tema foi desenvolvido pelo carnavalesco Zilkson Reis, que completou seu quarto ano consecutivo na escola. Ele registra ainda outra passagem pela Gaviões, entre 2009 e 2011.

As alas e carros alegóricos fizeram alusão à cidade de São Paulo. Com cinco setores, a escola foi dos sonhos dos migrantes, passou pela chegada, mostrou o trabalho dessas pessoas, as conquistas e, por fim, a criação de novas tradições.

No ano passado, a escola foi a sétima colocada no carnaval.

Gabinete

Corintiano, o secretário municipal dos Transportes e Mobilidade, Sérgio Avelleda, desfilou pela Gaviões. Ele evitou falar da gestão e não quis conversar com a imprensa.

Antes de sair do camarote da Prefeitura de São Paulo para a concentração, ele gritou: "Vai Corinthians!".