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Fantasia de unicórnio predomina em blocos de rua de São Paulo

26/02/2017 10h13

São Paulo - A festa de carnaval ontem nas ruas de São Paulo se transformou em passarela para fantasias de unicórnio. A tiara com um chifre, adornada de diferentes formas e usada por pessoas de ambos os sexos, confirmou-se como a tendência da folia em 2017. Os festejos, no entanto, acabaram ultrapassando o horário estabelecido pela Prefeitura em ao menos um ponto, e houve reclamações quanto à estrutura de banheiros e policiamento.

Milhares de pessoas lotaram o Largo da Batata, região de Pinheiros, na zona oeste, para a festa do Ma-Que-Bloco. Em seu terceiro desfile no carnaval de São Paulo, o trio elétrico agitou os foliões principalmente com clássicos do axé. Prevista para ser encerrada às 20 horas, a folia se estendeu à noite e às 21 horas seguia com toda a energia.

A maior parte do público era composta por jovens em idade universitária, que pulavam ao som de covers de Chiclete com Banana e Banda Eva. Muitos foliões também estavam fantasiados - a mais comum era de unicórnio. "Vendi tudo que eu trouxe", disse o ambulante Ailton Silva, de 27 anos, que duas horas após o começo da festa não tinha mais a tiara com chifre de unicórnio no estoque. A peça saía a R$ 10. "Mas até por R$ 15 a gente consegue vender."

Se pareceu que a festa pudesse ser estragada pela garoa que teimou em cair, ontem na hora do almoço, no centro da cidade, a chegada dos foliões mostrou que não seria algumas gotas de água que estragariam o carnaval de rua de São Paulo. O bloco Tarado Ni Você parou o centro em uma ode tropicalista a Caetano Veloso, transformando as ruas em uma pista de dança.

O Tarado saiu da esquina das Avenidas Ipiranga e São João. Depois de cruzar a Praça da República, entrou na Avenida São Luís até a Rua Xavier de Toledo. Fez uma longa pausa na Praça Ramos de Azevedo até seguir, então, para o Largo do Paiçandu para voltar à Ipiranga, onde o bloco terminou.

Virou fã

"Nem pensei em viajar neste ano, queria ficar aqui mesmo. Ano passado, não viajei porque estava sem dinheiro e fiquei aqui. Os blocos estão cada vez mais legais", contou a inspetora de qualidade Marina Oliveira, de 23 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.