Homem prende irmã em casa por 16 anos
João, de 48 anos, prendeu Maria Lúcia em um quarto escuro quando descobriu que a irmã, ainda solteira, havia engravidado. No dia 9, policiais a resgataram e ontem o acusado foi preso, por cárcere privado e maus tratos. O bebê de Maria Lúcia, nascido em 2001, foi doado na época a outra família.
Segundo Harley Filho, delegado responsável pelo caso, o cárcere foi descoberto após uma denúncia. "Tivemos de romper dois cadeados e arames para tirá-la do cativeiro. Deu trabalho, pois, para ter acesso ao quarto, tivemos de passar por um terreno que tem três casas."
No escuro
O quarto de Maria Lúcia, contou o delegado, tinha apenas uma rede e um pano usado como lençol. Não havia banheiro. "O odor de fezes e urina tomava conta do local", descreveu Harley Filho. Ela era mantida nua no quarto.
Segundo depoimentos de parentes de Maria Lúcia, ela tinha duas refeições diárias - uma às 10 horas e outra entre 15 e 16 horas. Nas poucas vezes em que alguém abria o quarto, ela tentava escapar.
O cativeiro não tinha eletricidade e a janela sempre ficava fechada. Maria Lúcia foi levada ao hospital da cidade e agora está na casa de uma família, onde, segundo a polícia, passa bem.
Como perdeu a capacidade de falar, ela se comunica pela escrita. "Aos poucos ela está recuperando a fala", afirma Harley Filho.
O filho entregue a doação, hoje com 16 anos, foi localizado pelos policiais. "Vamos com calma para não gerar mais traumas", diz o delegado.
Os pais da vítima são idosos e debilitados, de acordo com a Polícia Civil, e João cuidava das finanças da casa. Ele argumentou que o encarceramento era necessário para que a irmã não engravidasse novamente. Maria Lúcia teria ficado grávida após o fim de um relacionamento. O término também teria causado problemas psicológicos à jovem, que tinha uma vida normal antes de ser aprisionada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.