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Hipótese de trabalho é que não haverá mudança na Presidência, diz Meirelles

Francisco Carlos de Assis, Daniel Weterman e Altamiro Silva Junior

São Paulo

30/05/2017 13h59

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, manteve nesta terça-feira, 30, o discurso de que a sua hipótese de trabalho é a de que não haverá mudança no comando da Presidência da República, mesmo diante da crise política que se agravou a partir da revelação da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, de conversas que teve com o presidente Temer. Meirelles foi bastante pressionado pelos jornalistas quanto à possibilidade sobre a questão de seu nome ser um dos cogitados para assumir a Presidência da República no caso de uma eventual saída do presidente Temer do comando da Presidência, mas não titubeou.

"Não trabalho com hipóteses. A minha hipótese de trabalho é que não vai haver mudança no comando da Presidência", reiterou Meirelles, que participou nesta terça do Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo.

Dados econômicos

O ministro embasou o seu discurso o tempo todo sobre dados positivos da economia e previsões de que o crescimento obtido no primeiro trimestre será mantido ao longo do segundo trimestre. Disse que continuará a fazer o seu trabalho e ressaltou que a agenda econômica já tem apresentado bons resultados. Citou o aumento do poder de compra do consumidor em decorrência da queda da inflação e afirmou que a menor propagação da inflação pela economia significará juros estruturais mais baixos.

"É importante o País sair da crise e crescer mais. Portanto existe um conjunto amplo de medidas e reformas que estão em andamento e teve hoje uma demonstração muito importante. O presidente do Senado e da Câmara terem expressado o seu engajamento, seu compromisso de seguir com a aprovação das reformas", disse, acrescentando que com isso o Brasil dá uma mostra de maturidade.

Segundo Meirelles, há uma consciência nacional de que se deve fazer as reformas para o País voltar a crescer. "O Brasil está fazendo as reformas à tempo e à hora", disse o ministro. De acordo com ele, o País já oferece oportunidades concretas de investimento e que o momento de investir no Brasil é agora. "O Brasil tem consolidada hoje a estrutura para crescer independentemente da política", disse.