Condomínios do Minha Casa dominados por traficantes são alvos de operação no RS
"Funciona como milícias. É um esquema organizado que impõe comércio e regras próprias, expulsa quem não joga dentro do jogo deles. Uma mulher que não quis obedecer, por exemplo, teve a cabeça raspada e acabou saindo de lá. Eles criavam um pavor, juravam muitos moradores de morte", relatou a delegada.
Em um apartamento invadido, os policiais descobriram um comércio ilegal de gás de cozinha do qual todos os moradores eram obrigados a comprar botijões. Denúncias também dão conta de que a venda de drogas acontecia de forma intensa dentro dos condomínios.
Os três conjuntos residenciais foram construídos lado a lado na Restinga, no extremo sul da capital gaúcha, e abrigam 966 unidades habitacionais. Na operação, foram cumpridos 96 mandados de busca e apreensão e um homem foi preso em flagrante por posse de munição de pistola 9 milímetros, de uso restrito militar. Ao menos outros três criminosos estão foragidos. Um balanço final da operação será divulgado ao longo desta quinta.
Os verdadeiros beneficiários do programa habitacional do governo devem ser recadastrados e a polícia garante que vai monitorar os locais para garantir o afastamento dos criminosos. A operação deve dar início a uma força-tarefa em parceria com a Defensoria Pública e Ministério Público do Estado, Prefeitura e Caixa Econômica Federal para fiscalização do Minha Casa Minha Vida.
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