Governistas articulam apresentação de voto em separado na CCJ
O objetivo dos governistas é acelerar a votação e finalizar a análise do caso na CCJ até quinta-feira, 13. Para isso, o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), negocia que apenas 15 parlamentares da base aliada discursem.
"Zveiter é do mundo jurídico. É exatamente por isso que deve apresentar um relatório acima de tudo com responsabilidade, e isso seria um relatório pela rejeição da denúncia, independente das pressões externas", disse Moura. O líder considera que haverá mais de 40 votos pela rejeição da denúncia.
Caso o texto de Zveiter seja rejeitado pela maioria do plenário do colegiado (34 dos 66 deputados), a proposta de Lelo iria a votação e também precisaria da maioria simples para ser aprovada.
Independentemente do resultado do parecer, a denúncia terá que ser votada no plenário da Casa, onde precisará 342 votos para ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado na CCJ, no entanto, tem forte peso político e servirá de termômetro para o Palácio do Planalto.
Marun
Após manobras para garantir votos na CCJ, o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), defendeu as trocas de membros no colegiado e disse que a manobra era "correta". Para Marun, é natural que os partidos aliados queiram colocar na CCJ representados alinhados com o governo. "Estamos escalando a seleção para essa partida", comparou Marun.
O peemedebista foi um dos governistas a fazer questão de recepcionar o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira na chegada à CCJ nesta tarde. Mariz disse estar "muito confiante" e foi abraçado por governistas, que diziam "estamos juntos".
Marun - que foi incluído hoje como titular na CCJ - disse que quem precisa colocar voto no plenário é a oposição. Em sua avaliação, os oposicionistas querem protelar a votação para "atrapalhar" o País. "Vocês já viram culpado querendo rapidez? O presidente Michel Temer é inocente e quer rapidez", declarou.
Nas últimas horas, a mais recente mudança na CCJ foi na representação da bancada do PSD. Evandro Roman (PSD-PR) substitui agora Expedito Netto (PSD-RO) como titular.
O peemedebista defendeu que não haja recesso enquanto o assunto não for liquidado na Câmara. "Só falta alguém achar que podemos sair de férias deixando sobre a mesa uma questão tão importante como essa", comentou.
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