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Chance de 2º turno leva parlamentares a negociar vaga de vice de Bolsonaro

Myke Sena - 21.jun.2016/Framephoto/Estadão Conteúdo
Imagem: Myke Sena - 21.jun.2016/Framephoto/Estadão Conteúdo

Igor Gadelha

Brasília

31/07/2017 11h40

A perspectiva do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegar ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2018 revelada por recentes pesquisas de intenção de voto abriu uma procura de interessados em ser candidato a vice-presidente na chapa dele. Pelo menos dois parlamentares já procuraram Bolsonaro para se colocar à disposição: o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e o senador Magno Malta (PR-ES).

Última pesquisa Datafolha sobre a disputa presidencial de 2018, divulgada em junho, mostrou que o deputado do PSC está em segundo lugar, tecnicamente empatado com a ex-ministra Marina Silva (Rede), com 16% e 15% das intenções de voto, respectivamente. O parlamentar fluminense registrou tendência de alta. Na pesquisa de dezembro de 2016, tinha 8%, passando para 14% em abril. O ex-presidente Lula (PT) manteve a liderança, com 30% das intenções.

Faria de Sá e Malta procuraram, nos últimos meses, tanto Bolsonaro quanto políticos ligados ao "Muda Brasil", partido que está em fase de registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ligada ao ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), um dos condenados pelo mensalão do PT, a sigla é uma das legendas para a qual o deputado fluminense cogita migrar para disputar o Palácio do Planalto em outubro do próximo ano.

Por sua vez, Bolsonaro afirmou que está 99% acertado com o PEN (Partido Ecológico Nacional). A filiação, segundo o próprio, deve ser anunciada em breve. "É um noivado nota dez. Estamos, inclusive, estudando a mudança do nome do partido. Em poucos dias devemos selar esse casamento", disse Bolsonaro.

O deputado não quis dizer qual seria o nome da legenda, mas procura algo como Pátria Amada, Patriotas e mesmo Prona (partido que foi presidido pelo cardiologista Enéas Carneiro).

Embora fale em "99% de certeza", é preciso lembrar que, ainda neste mês, Bolsonaro já esteve "quase casado" com o PSDC, partido de José Maria Eymael, e com o ainda em formação ‘Muda Brasil’. Bolsonaro tem dito que "procura um partido que não esteja enrolado com casos de corrupção".

O jornal "O Estado de S.Paulo" procurou o presidente do PEN, Adilson Barroso, mas não o localizou.