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Dallagnol: se País quiser impunidade, caminho é revisão de prisão na 2ª instância

Fernanda Guimarães

Campos de Jordão

26/08/2017 12h04

O procurador da República e membro da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná, Deltan Dallagnol, disse que se o Brasil quiser seguir pelo caminho da impunidade em crimes, o melhor caminho é a revisão de prisão em segunda instância.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, recentemente,pedido de habeas corpus para o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) Rogério Onofre. Mas Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal, do Rio, na Operação Ponto Final - desdobramento da Lava Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio. Seu advogado, Yuri Sahione, disse neste sábado que Onofre vai se entregar.

"A revisão de prisões é algo catastrófico", afirmou o procurador. Dallagnol diz que o uso da delação só funciona quando a outra alternativa é pior.

Impacto na economia

Segundo Dallagnol, a atividade econômica brasileira é prejudicada pela corrupção e não pela Lava Jato. "Culpar a Lava Jato por danos econômicos é como culpar um policial por encontrar um cadáver. Existe uma correlação inversa entre corrupção e eficiência do governo", disse, em palestra no Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, organizado pela B3, em Campos do Jordão.