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Jucá diz que operação da PF é mais um 'espalhafatoso capítulo de desmando'

Thiago Faria

Brasília

28/09/2017 16h42

O líder do governo no Senado, Romero Jucá, criticou nesta quinta-feira, 28, em nota, a operação da PF que teve como alvo seus filhos Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e duas enteadas, as filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB) - ex-mulher do senador -, Luciana Surita da Motta Macedo e Ana Paula Surita Motta Macedo.

"Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família. Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de razoabilidade", afirmou o senador na nota.

E prosseguiu: "Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização".

O senador afirmou ainda, na nota: "Não tememos investigação. Nem eu nem qualquer pessoa da minha família. Investigações contra mim já duram mais de 14 anos e não exibiram sequer uma franja de prova. Todos os meus sigilos, bancário, fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma prova. Só conjecturas".

A Operação Anel de Giges deflagrada pela Polícia Federal em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, tem como objetivo investigar suposta organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas.

Veja a íntegra da nota à imprensa:

"Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família. Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de razoabilidade. Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização.

Não tememos investigação. Nem eu nem qualquer pessoa da minha família. Investigações contra mim já duram mais de 14 anos e não exibiram sequer uma franja de prova. Todos os meus sigilos, bancário, fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma prova. Só conjecturas.

Em junho de 2016, foi pedida a prisão de um presidente de um poder, de um ex-presidente da República e de um Senador com base em conjecturas. Em setembro agora, por absoluta inconsistência jurídica, o inquérito foi arquivado. Desproporcional e constrangedor, esse episódio poderia ter sido evitado. Bem como poderia ter sido evitado o de hoje. Bastava às autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum crime cometido.

Recebo essa agressão a mim e a minha família como uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tornarei público todos os documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje."