Filho de pedreiro e doméstica faz 'vaquinha' para intercâmbio em Harvard
O valor é destinado a custear a alimentação e a hospedagem nos Estados Unidos durante um ano. Para isso, criou uma campanha no site de arrecadação virtual Catarse. Em 11 dias, na página Ajude Rafael a estudar em Harvard, do Catarse, ele já conseguiu quase R$ 32,7 mil. As doações serão encerradas no último dia do ano.
Silva estudou a vida inteira em escola pública na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. A família sempre morou no mesmo bairro, onde ele fez o ensino fundamental e médio na Escola Estadual Santos Dumont e colecionou notas altas.
"Sou muito grato aos meus pais. Eles não têm ensino superior, mas sempre me apoiaram a estudar. Chegavam em casa cansados e faziam os deveres de casa comigo", relembra Silva. "Sempre foram presentes e me ajudaram a ser disciplinado."
No início da adolescência, sua avó Olindina, a quem era muito apegado, foi diagnosticada com câncer. O sofrido processo familiar despertou no estudante a vontade de ser médico. Olindina morreu em 2013, mesmo ano em que o neto criou um método de estudo, já que pagar um cursinho era inviável.
"Organizei um cronograma de contraturno escolar e comecei a estudar todo conteúdo que conseguia gratuitamente na internet relacionado aos vestibulares", afirma Silva. "Também comecei a interagir virtualmente com alunos que estavam cursando Medicina, para entender o funcionamento dos métodos de ensino."
A confirmação da seleção em Harvard chegou no dia 27 de setembro.
Além do estudo acadêmico, Silva participa de atividades extracurriculares. Entre elas, é tutor no MedEnsina, um cursinho pré-vestibular voluntário organizado por alunos da FMUSP para ajudar jovens sem condições de bancar aulas privadas."Tenho como propósito ajudar estudantes em situações parecidas com a minha", diz o universitário.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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