Raquel Landim

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Aliados dizem que Lira não deve votar anistia a Bolsonaro neste ano

Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmam que dificilmente a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da anistia deve ser votada ainda neste ano.

Nesta terça-feira (22), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse à coluna que, após as eleições, vai pressionar Lira para colocar em votação o perdão aos acusados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, parlamentares próximos ao presidente da Câmara explicam que a agenda é extensa até dezembro: reforma tributária, dívidas dos Estados, transição energética, entre outros temas.

Lira afirmou recentemente, por exemplo, que aguarda para novembro a devolução pelo Senado da regulamentação da reforma tributária.

O PL e parlamentares de oposição estão fazendo forte pressão pela PEC da anistia. O instrumento não só tornaria Bolsonaro novamente elegível para a Presidência da República em 2026, como também o livraria dos inquéritos criminais que vêm sendo tocados pela Polícia Federal.

Já o governo do presidente Lula é contra.

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha, disse ao colunista do UOL Tales Faria que não aceitaria um acordo de Lira com o PL para a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro.

Segundo Valdemar, a PEC da anistia será importante na definição do apoio do PL para a eleição do novo presidente da Câmara, em fevereiro do ano que vem.

O partido tende a apoiar Hugo Motta, do Republicanos, que hoje tem o respaldo informal de Lira. Motta, porém, também espera contar com os votos do PT.

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