Congresso avalia sistema único de polícias
Além dos parlamentares, participaram da reunião os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Moraes faz parte de uma comissão de juristas montada pela Câmara para elaborar um projeto para mudar a legislação sobre o combate ao tráfico de drogas e armas.
O objetivo do Sistema Integrado de Segurança Pública é articular e coordenar as atividades da área em todo o território nacional e entre todas as polícias, Corpo de Bombeiros, guardas municipais, agentes penitenciários, peritos criminais e até agentes de trânsito. A ideia é criar um sistema de compartilhamento de informações e garantir que esses órgãos tenham procedimentos unificados.
A proposta é de autoria de Cabo Sabino (PR-CE) e foi relatada por Alberto Fraga (DEM-DF), dois dos 300 deputados da chamada "bancada da bala", como é conhecida a Frente Parlamentar da Segurança Pública. O projeto já foi aprovado nas comissões temáticas da Câmara e está pronto para ser votado no plenário da Casa. "O sistema atual é uma verdadeira torre de babel. Queremos uma coisa coordenada", disse Fraga, que coordena a frente.
De acordo com Maia, a expectativa é votar essa matéria na Câmara na próxima semana. Eunício ficou de colocar o texto em votação na sequência no Senado. Segundo o deputado Rodrigo Pacheco (MDB-MG), que também participou do encontro ocorrido na manhã desta terça, o projeto em discussão servirá como base para o recém-criado Ministério Extraordinário de Segurança Pública, por meio de medida provisória.
Votações
O plenário da Câmara deve votar nesta quarta-feira, 28, o projeto que endurece a punição e torna hediondo o crime de explosão de caixas eletrônicos. Os parlamentares também devem avaliar nos próximos dias o projeto que obriga a instalação de bloqueadores de celular pelos estabelecimentos prisionais.
Nesta terça, o Senado aprovou um projeto que impede o contingenciamento de recursos programados para o Fundo Penitenciário Nacional. O texto agora segue para a Câmara. Em 2015, uma decisão do STF havia obrigado o Executivo a liberar R$ 2,4 bilhões de saldo acumulado do fundo.
Com o enterro da reforma da Previdência e a intervenção no Rio, a cúpula do Congresso quer dar prioridade a projetos na área da segurança. A reunião desta terça foi para definir uma pauta conjunta de atuação. Questionado sobre o protagonismo do Legislativo no tema, Maia disse que, para ele, isso é "irrelevante". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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