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Suplente de vereador relacionado à morte de Marielle diz que nunca ouviu falar dela

Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro - Divulgação/PSOL
Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro Imagem: Divulgação/PSOL

Fábio Grellet

14/06/2018 18h29Atualizada em 14/06/2018 21h25

O ex-deputado estadual e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, convocado para depor à Delegacia de Homicídios do Rio no inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, pediu para remarcar seu depoimento, inicialmente previsto para esta quinta-feira, 14. Até as 17h não havia sido divulgada a nova data da oitiva.

A Polícia Civil quer saber qual a relação de Brazão com a principal testemunha do crime - um policial militar que acusa o miliciano Orlando Oliveira de Araujo, preso desde 27 de outubro de 2017, e o vereador Marcelo Siciliano (PHS) de tramar a morte da vereadora.

Brazão e Siciliano são adversários políticos, e os investigadores tentam descobrir se a acusação não foi uma forma de envolver Siciliano no crime.

Quem depôs na tarde desta quinta-feira foi o suplente de Siciliano, Marcelo Piuí. Ao chegar à delegacia, ele afirmou que nunca tinha ouvido falar em Marielle até o crime e não saber por qual razão foi convocado para depor nesse caso.

Piuí afirmou também que mantém relação "cordial" com Siciliano e que conhece Brazão, mas mantém apenas "relação política" com ele. "Todos os políticos se conhecem, quem não conhece ele (Brazão) em Jacarepaguá (bairro da zona oeste do Rio)? Só tenho relação política com ele, apenas isso", afirmou.