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Temer vai a Roraima inspecionar pontos de atendimento a refugiados venezuelanos

Presidente Michel Temer e o Ministro de Relações Exteriores Aloisyo Nunes antes da cúpula do Mercosul no Paraguai - Norberto Duarte/AFP
Presidente Michel Temer e o Ministro de Relações Exteriores Aloisyo Nunes antes da cúpula do Mercosul no Paraguai Imagem: Norberto Duarte/AFP

Julia Lindner, enviada especial

Assunção (Paraguai)

18/06/2018 14h15

Durante a 52ª reunião de cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai, o presidente Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (18) aos líderes do bloco que irá na terça-feira para Roraima inspecionar pontos de atendimento aos refugiados venezuelanos. Temer viajará acompanhado do líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), visitar o abrigo Nova Canaã, em Boa Vista.

"Lamentamos que exista uma certa ruptura existente na ordem democrática da Venezuela e nós continuamos vigilantes frente a uma deterioração humanística no quadro daquele país", disse Temer.

Ele afirmou que o Brasil tem recebido "milhares e milhares de imigrantes venezuelanos que buscam uma vida melhor" e que "não tem poupado esforços" para recebê-los, citando que o País oferece alimentação, remédio, abrigo e uma carteira de identidade transitória. "Nosso povo irmão atravessa um momento preocupante e não há espaço para hesitações, por isso que agimos dessa maneira", declarou Temer.

No domingo, 17, durante reunião preliminar do Mercosul, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, lamentou que o regime venezuelano "persista na violação sistemática dos princípios constitutivos do Mercosul".

"Reitero em alto e bom som a solidariedade do Brasil com o querido povo da Venezuela, sentimento que sei que é partilhado pelos demais membros do bloco. O governo do presidente Michel Temer não tem poupado esforços para assegurar, em consonância com as melhores práticas das Nações Unidas, um tratamento digno aos milhares de venezuelanos que fogem da indigência e das enfermidades", disse Aloysio.

Segurança pública

Temer também defendeu, no discurso, que o Mercosul deve atuar em conjunto no combate ao crime organizado. "O crime organizado hoje não é mais nacional, é transnacional. Creio que o Mercosul pode ajudar a fazer diferença nesse flagelo", disse o presidente.

Ele ressaltou que a segurança pública é ponto prioritário que mobiliza o seu governo.