STJ reafirma que ação sobre Richa não precisa ser julgada por 13ª vara
Através do voto do relator, ministro Og Fernandes, a Corte frisou que a apuração da prática de crimes eleitorais e conexos é da Justiça Eleitoral, especificamente a 177ª Zona Eleitoral de Curitiba. Se ficar entendido que os fatos não devem tramitar na esfera eleitoral, o STJ determina que as investigações sejam remetidas por livre distribuição a uma das varas federais criminais de Curitiba, sem prevenção a 13ª vara, do juiz federal Sérgio Moro.
De acordo com delatores da Odebrecht, Richa recebeu mais de R$ 3 milhões em "vantagens indevidas" para as campanhas eleitorais de 2008, 2010 e 2014, operacionalizados por diversas pessoas, resultando em investigação sobre suposto crime de falsidade ideológica eleitoral.
A determinação do STJ é uma consequência do que decidiu a Corte Especial em junho, quando aceitou um recurso do tucano, atual candidato ao Senado Federal, e encaminhou inquérito contra o político somente para a Justiça Eleitoral do Paraná. Parte do processo estava com Moro.
Por isso, na decisão desta quarta, fica acertado que os efeitos se referem a eventual investigação decorrente dos fatos apurados até o momento do julgamento do recurso de Richa pela Corte, em 20 de junho.
O inquérito tramitava no STJ porque, como governador, Richa tinha foro especial. Ele renunciou do cargo para disputar a cadeira de senador nestas eleições, o que fez a investigação descer para a primeira instância.
Prisão. Solto por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Richa havia sido preso na terça-feira passada, 11, pela Operação Radiopatrulha, que também alcançou sua mulher, Fernanda, e outros.
Em recurso apresentado nesta terça, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pediu que Gilmar reconsidere sua decisão. Se assim não proceder, Raquel quer seu pedido julgado pelo plenário do STF. A prisão foi decretada pelo juiz estadual Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13.ª Vara Criminal de Curitiba.
Na ocasião, o ex-governador também foi alvo da 53.ª fase da Lava Jato. A Operação Piloto, deflagrada por Moro, investiga um suposto pagamento milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. (Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.