'Sucessor' de Moro no caso Beto Richa mantém prisão de aliados do tucano
No dia 19, a Corte Especial do STJ reafirmou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, sob tutela de Moro, não tem prevenção para processar investigações abertas a partir da delação da Odebrecht contra Richa, que tramitavam na Corte até abril.
Com a decisão, Moro mandou redistribuir a ação penal da Operação Lava Jato e outros processos contra aliados do tucano, candidato ao Senado nas eleições 2018. Os processos estão agora nas mãos do juiz Paulo Sérgio Ribeiro.
"Tendo em vista a fixação da competência para processamento dos feitos conexos ao inquérito policial, inexistindo ilegalidade manifesta, ratifico todos os atos processuais praticados neste procedimento", decidiu Ribeiro.
"Assim, mantenho, por ora, o decreto de prisão preventiva de Jorge Theodocio Atherino e Deonilson Roldo pelos fundamentos exarados na decisão, os quais ratifico nesta oportunidade."
Na denúncia, a força-tarefa do Ministério Público Federal apontou "pagamento de propinas pela empreiteira Odebrecht para obter favores ilegais relacionados à Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá, durante o ano de 2014, cujo valor era de R$ 7,2 bilhões".
Richa foi preso por ordem do juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, no âmbito da Operação Radiopatrulha, que investiga desvios no Programa Patrulha Rural - contratos de manutenção de estradas rurais. A ação, sob tutela da Justiça Estadual, fez buscas na casa da mãe do ex-governador. Beto Richa foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
O ex-governador do Paraná também é alvo da Lava Jato. Por ordem de Moro, ele foi alvo de buscas na investigação sobre supostas propinas da Odebrecht.
Defesas
A Defesa de Jorge Theodocio Atherino que "está analisando a decisão para tomar as medidas cabíveis". A reportagem está tentando contato com os citados. O espaço está aberto para suas manifestações.
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