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Mulheres querem mais respeito e segurança dentro dos trens da CPTM, diz pesquisa

Ana Paula Niederauer

31/10/2018 15h42

Uma pesquisa feita pela Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) com 1.897 mulheres apontou que 37,7 % das usuárias dos trens gostariam de mais respeito entre os passageiros e 32,2% querem mais segurança dentro dos vagões. Elas disseram também que gostariam de viagens mais rápidas, apontadas por meio das respostas "mais trens".

Segundo a CPTM, desde o dia 24 de setembro, data em que foi sancionada a lei que torna crime a importunação sexual, 17 homens foram encaminhados para delegacia por assédio sexual.

Nesta segunda-feira, 28, um homem de 31 anos foi conduzido à delegacia após a vítima relatar que foi assediada dentro de um trem da Linha 10-Turquesa. Em depoimento, a vítima contou que estava sentada e que o homem esfregou as partes íntimas no ombro dela. Ela disse que se levantou e mudou de lugar, mas o agressor a perseguiu.

Combate ao assédio

Em resposta ao item mais segurança dentro dos vagões, a CPTM informou que incluiu na pesquisa também uma pergunta sobre a campanha de combate ao abuso sexual nos transportes. Sobre o assunto, 83% das mulheres afirmaram conhecer a campanha e 80% sabem denunciar o abuso sexual. No final da entrevista, as usuárias receberam folhetos informando sobre os procedimentos para denunciar o assédio sexual.

Em relação a mais respeito entre os usuários, a CPTM lançou nova campanha de conscientização sobre cidadania. Estão sendo emitidas mensagens pelo sistema de som dos trens e estações. Peças da campanha incentivando os bons modos e respeito ao próximo foram divulgadas pelas redes sociais, site e outros canais da empresa.

A pesquisa também mostrou as necessidades no trajeto diário das passageiras da CPTM. Elas pediram por serviços que otimizem o seu dia a dia, como mais casas lotéricas, supermercados/feiras, perfumarias, drogarias e comércio para alimentação.

Segundo a Companhia, a pesquisa realizada em estações de grande movimento durante o mês de março, foi feita com mulheres por representar o maior número dos usuários do sistema.