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BNDES estende linha emergencial para cidades mineiras próximas a Brumadinho

Denise Luna

Rio de Janeiro

29/01/2019 16h52

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estendeu uma linha emergencial para as cidades mineiras atingidas pela tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, onde o rompimento de uma barragem da Vale matou centenas de pessoas e destruiu casas e comércio locais. Normalmente, a linha Emergencial BNDES Automático é utilizada apenas por cidades que declaram calamidade pública.

Cada empresário da região poderá pegar um empréstimo de até R$ 2,5 milhões, com prazo de 90 meses e carência de três anos, com remuneração vinculada à TLP (taxa de Longo Prazo), a taxa de captação do BNDES criada pela lei em 2017.

A linha já existia, mas diante da tragédia de Brumadinho o banco decidiu estender a outras cidades as condições que antes eram oferecidas apenas às cidades que se encontrassem em estado de calamidade pública, como é o caso de Brumadinho. "A ampliação permite que empresas dos municípios mineiros de Belo Vale, Bonfim, Ibirité, Igarapé, Itabirito, Itatiaiuçu, Mário Campos, Moeda, Nova Lima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas e Sarzedo também sejam atendidas", explicou o BNDES em nota.

A linha de empréstimos indiretos estará disponível para os atuais usuários de crédito do BNDES e para outros clientes dos agentes financeiros, isto é, dos bancos repassadores dos recursos do BNDES na região. O BNDES já tem uma exposição de mais de R$ 2 bilhões através do crédito indireto nessa região, informou o banco.

O BNDES decidiu também reabrir a linha de Refinanciamento de Operações Ativas dos Agentes Financeiros (BNDES Refin). A medida - que será retroativa a janeiro - pode beneficiar 4,8 mil empresas da base de clientes do banco que atuam nas localidades atingidas pela tragédia. O Refin permite o refinanciamento de prestações vencidas nos últimos quatro meses, além da totalidade das prestações vincendas. Também poderão ser alongados os prazos de carência, em até 12 meses, e o prazo total da operação, em até 24 meses, conforme avaliação da instituição repassadora.