Líder da bancada da bala diz que decretos sobre armas são reequilíbrio de forças
Em 11 páginas, Augusto afirma ainda que a concessão de porte arma prevista nos decretos teve por objetivo permitir às pessoas com profissão de risco ou modo de vida mais arriscado o exercício da legítima defesa. "Ressalta-se que aqueles cujo porte de arma tenha sido concedido assumem responsabilidades, como o dever de somente utilizar o armamento em situações de defesa própria ou de terceiros", diz.
Depois de ser barrado pelo Senado, os decretos de Bolsonaro devem ser analisados pela Câmara nesta semana e, mesmo com a pressão da bancada da bala, a tendência é que as medidas também sejam derrubadas pelos deputados.
As mudanças na legislação no que diz respeito ao tema, no entanto, não devem ser totalmente descartadas pelo Congresso Nacional. Com a queda de todo o decreto, os pontos que são constitucionais do texto de Bolsonaro precisarão ser definidos por meio de outros projetos de lei.
Nesta segunda-feira, 24, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou essa tendência. "Mas nós entendemos que existem alguns pontos do decreto que são constitucionais e precisam ser tratados por lei. O Senado deve ter essa iniciativa nesta semana", afirmou Maia, que disse também que a discussão sobre o tema está sendo feita em conjunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Os pontos que devem ser tratados pelo Congresso são: o dos colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, e o da posse rural. Este segundo quesito, de acordo com Maia, deve manter a posse de arma para toda a propriedade rural, não apenas a sede. Pela legislação, a posse é o direito de se ter uma arma em casa. Já o porte é o direito de carregar a arma nos deslocamentos, fora da residência.
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